São rochas ígneas compostas essencialmente por
carbonatos (mais de 50% de Calcite, dolomite e ankerite,), geralmente estão
associadas a minerais acessórios como piroxenas ( aegirina, aegirina-augite) e
anfibolas (riebequite, glaucófano)alcalinas, biotite, apatite, pirocloro,
sulfatos e até mesmo algumas olivinas etc.Magmas com estas características
são muito raros,pelo que são conhecido apenas 529 ocorrências pelo mundo,
representando menos de 1% da crosta. Estas por sua vez são rochas
básica, mesocrata(nem sempre),normalmente apresentam texturas granulares,
quanto ao grau de visibilidade é fanerítica de grãos médios à
grosseiros, e quanto à dimensão dos cristais equigranular, pois
os cristais apresentam sensivelmente a mesma dimensão.
Carbonatito do Jacupiranga
Brasil, Branco( Calcite) magnetite, e olivina
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fc/Carbonatite.jpg |
Os carbonatitos são de origens metamórfica, veios
hidrotermais, fusão parcial do manto. Normalmente ocorrem na forma de corpos
ígneos, intrusivos ou vulcânicos (mais raros), as vezes associados as IMBS
(intrusões máficas bandadas), que por sua vez estão associadas a jazidos, ou
depósitos de minerais economicamente exploráveis e/ou elementos das terras
raras. Estão quase sempre relacionados a rochas silicatadas alcalinas
fortemente subsaturadas. Apresentam também metassomatismo alcalinico. Os
complexos carbonatiticos são inferiores a 25km2 compostos por múltiplas
intrusões de magmas carboniticos e silicatados. Uma sequência típica é o
ijolito (Rocha plutónica constituída essencialmente por nefelina (30 a 70%)ou
sienito nefelínico(Rocha vulcânica contendo nefelina, clinopiroxena, mais ou
menos olivina onde não ocorre o quatzo, que por sua vez é substituído pelo
feldspatoide ``Nefelina´´) seguido de carbonatitos. Estes constituem sempre a
fase final. Os complexos na sua maioria são marcados pela presença de
Kimberlitos (correspondem rochas ultramáficas, ricas em K20, normalmente
ocorrem em zonas cratónicas (ou escudos) antigas, são consideradas rocha mãe
dos diamantes. Essas,são ricas em voláteis e por isso ascendem rapidamente de
zonas profundas do manto e instalam-se violentamente a profundidades próximas
da superfície. Muitas contêm diamantes e coesite o que sugere uma origem
profunda no manto. Podem ser encontrados em crateras estáveis ou em
ambientes de riftes continentais.
Tipos de Carbonatitos:
Carbonatito calcítico: Onde o carbonato de
cálcio ( Calcite) é predominante.
Carbonatito dolomítico: é aquele em que o carbonato
predominante é a dolomite..
Carbonatito ferroso: composto essencialmente por
carbonato ferroso, como a siderite.
Natro-Carbonatito ou carbonatos Alcalinos: constituído
essencialmente por carbonatos sódicos, potássicos e cálcicos. Um exemplar mais
conhecido é o carbonatito de Oldoinyo Lengai na Tanzânia, o único vulcão
activo de natro-corbonatito na terra.
A classificação Segundo IUGS, é baseada no tipo
de carbonato, como se pode observar:
Quando os carbonatitos apresentam grãos de tamanho
muito fino, a sua classificação através das técnicas conhecidas como
a microscopia óptica é mais difícil. Neste caso recorre-se a classificação
química, que baseá-se nas proporções dos óxidos de Ca_Mg_Fe.
Estas rochas podem ser fontes de cobre, urânio. e
tentálio, por esta razão são importantes economicamente. Elas encontram-se
associadas a depósitos estratiformes, e pediformes.
Existem em países como Angola, Brasil, Tanzânia... No território Angolano são conhecido 45 complexos alcalino-carbonatíticos, os quais correspondem a estruturas subintrusivas com
morfologia subcircular que se distribuem ao longo de dois alinhamentos
tectónicos intra-continentais activos desde o Cretácico Inferior (138-130 Ma).
O Complexo Carbonatitico de, Bailundo (CCB) dos que apresenta maior potencial
mineiro economicamente explorável situa-se a 11 km a NE da localidade de
Bailundo e a cerca de 100 km a NNE da cidade do Huambo, numa região denominada Mungo. Apresenta uma morfologia típica de estrutura anelar com aproximadamente
7km de diamentro e 30km de área. Desenvolve-se na Província Alcalino-Carbonatitica Diagonal Trans-angolana, definida ao longo de um
alinhamento SW-NE desde o litoral até a fronteira com Republica Democrática do
Congo.
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