Quem nunca ouviu falar de diamantes... Um dos mais
conhecidos minerais do mundo, com certeza. Mas porque será? O que tem de
especial? Ora vejamos...
Começaremos pelo seu nome, Diamante, vem do grego antigo
αδάμας, adámas, que significa invencível ou inalterável, e só por aqui podemos
ter uma pista do porque do seu valor. De facto o Diamante é o material natural,
que se conhece, com maior dureza no Mundo, dureza de 10 (valor máximo da escala
de Mohs), ou seja no domínio dos materiais naturais só um diamante consegue
riscar outro diamante, não podendo ser riscado por nenhum outro mineral.
O meu exemplar de colecção tem 3x2x2 mm e provem da
República do Gana.
Diamante de colecção do Autor (Ricardo dos Santos) |
Dada a sua dureza e
também a sua elevada capacidade de dispersão óptica, que é a capacidade para
dispersar a luz de cores diferentes, resultando em seu brilho característico
que definiu a designação do brilho adamantino. As suas excelentes propriedades
ópticas e mecânicas, combinado com o marketing eficiente, fazem o diamante o
mineral mais precioso e dos mais populares usados em joalharia.
O diamante pode ter
várias cores, dependendo do tipo de impurezas que apresente na sua estrutura
como a cor azul (boro), amarelo (nitrogénio), negro (com inclusões de grafite),
etc., o que é mais usado em joalharia é o diamante incolor, diamante puro, ou
seja carbono puro (C).
Em relação a outras
propriedades inerentes ao mesmo... Faz parte da Classe dos elementos nativos,
pertence ao sistema cristalino do tipo cúbico, possui densidade 3,52 g/cm3,
clivagem octaédrica perfeita e fractura concoidal.
Diamante de colecção do Autor (Ricardo dos Santos) |
A sua origem e jazidas... A sua génese tem lugar a grande
profundidade, domínios do manto terrestre (140~190 km), a pressões e
temperaturas muito elevadas. São expelidos para a crosta em eventos geológicos
muito especiais dada a rapidez a que aconteceram e outros factores muito
peculiares. A sua rocha portadora é quase sempre o kimberlito, rocha ígnea que
enche chaminés vulcânicas "pipes", onde o diamante ocorre sob a forma
de fenocristais (cristais maiores que o restante material cristalino que o
envolve), este tipo de génese é designado por jazigos primários, porém também à
jazigos secundários, principalmente em areias e cascalhos originados por erosão
dos depósitos primários.
Curiosidade: O
maior diamante em bruto foi encontrado
em África do Sul com 3106 quilates (621 gramas) que foi partido em vários
pedaços, o maior foi trabalhado e
pertence à casa real britânica, é designado Cullian I ou Grande Estrela de
África, com 530.4 quilates (106.08 g).
Diamante Cullinan I |
As mais antigas jazidas de diamantes já foram esgotadas e
localizavam-se na Índia. Os principais produtores actuais são: Rússia,
Botswana, República Democrática do Congo, Austrália, Canadá, África do Sul e
Angola.
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